Soturno, dentro de mim se esvai
Esgarça um pedaço de si...e segue
Olvidado não será, porque nunca me trai
Saiba, aqui e agora, a crua exegese
Não me invada,
Tenho a fronte obtusa e cerrada
Não cometa seu destino,
Pois que dele não participo
Minha mente é fraca,
E sim, pode ser subestimada
Pois não é dela que preciso,
Mas do furor inocente de menino
Ojeriza, não proceda em vã prolixidade
Aceite o milagre, beba a água da divindade
Ouça a alma pulsar, fluindo pelos meus poros
Chegue devagar - seja cometa, não meteoro
Ouça - meus gritos não têm eco
Veja - minhas chagas não se suturam
Semblante intermitente, desperto...
Pois na treva da dor, luzes me curam
Lembre-se, o zênite precede o ocaso,
Porém, não antes do solstício perfumado
Desista de entoar murmúrios a meu lado,
Pois se há flores, haverá vaso

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