17 de set. de 2010

Certo por linhas tortas?




Escutei essa estória hoje, é real e compartilho.

Frustrada por não ter filhos do gênero feminino, uma jovem mãe decide, então, adotar. Para facilitar o entendimento do causo, vamos dar-lhe um nome fictício: Elaine*. No decorrer do processo, ela conheceu duas gêmeas, com idade de mais ou menos 8 meses, disponíveis para adoção. Os bebês eram esqueléticos, com peso de recém-nascidos (mais ou menos 4 kg) e várias complicações resultantes do fato de que tanto pai quanto mãe eram - ou são, não saberia dizer se ainda estão vivos - viciados em drogas. A mãe, de 22 anos, inclusive já abortara algumas vezes antes. Imagine-se como foi o pré-natal (ou prénatal? essas regras gramaticais novas enchem o saco...) dessas crianças.

Pois bem. O que chama a atenção, em primeiro lugar, é que Elaine bateu o  pé e afirmou que só adotaria se pudesse levar ambas. Muitos juízes recomendam justamente este processo, para que não sejam separados irmãos de sangue, sendo também, em muitos casos, um entrave à adoção por candidatos que querem apenas uma criança (não vou entrar aqui no mérito sobre quem tem  razão, a lei ou candidatos à adoção). As pessoas responsáveis informaram que uma das gêmeas já havia sido internada algumas vezes, e que deveria voltar novamente ao hospital, com sério risco de vida. A outra irmã, por outro lado, era aparentemente saudável. Elaine não quis saber. Disse que adotaria ambas: “Levem-na para o hospital, cuidem dela, mas eu não abro mão de ter as duas”.

Condição exigida, condição atendida...vejam como Deus faz as coisas...não é que a menina passou pelos cuidados médicos e conseguiu sobreviver após o tratamento? Hoje, ela tem 5 anos de idade, e é uma criança com vida normal. Mas, por um desses desígnios que o Pai Celestial nos coloca, a irmãzinha considerada mais saudável não resistiu e, não muito tempo depois, veio a falecer. Elaine, com a ajuda do irmão, bancou todas as despesas do sepultamento.

Teria ficado sem nenhuma, caso não tivesse brigado para ter as duas.




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