11 de jan. de 2011

Rastejo Socrático





Ah, todavia!
Entre o sim e o não, mais para não seria...
Um parágrafo novo, ao final de três pontos estaria.
Talvez nas entrelinhas, cercada de proselitismo,
Amalgamada entre metáforas - e falso niilismo!
Mal disfarçando o sumum egoísmo (e a descrença)
Eu a quero antes do ponto final da sentença.

Ah, portento!
Não garanta a ela a certeza deste momento!
Seja dúbia, assim como a direção do vento.
Num discorrer meticulosamente não deliberado,
Seduza a verdade, não lhe dê o real significado.
Se elogios ao seu ouvido ela soprar,
Mutile a vontade, faça-a rastejar.


Sim, entrementes!
Gira o mundo, ela que não me enfrente!
Quanto mais longo o discurso, menos eloquente...
A mim pouco importa, contanto que tarde.
Honestidade incomoda, endivida o covarde...
Cerceia o momento, abdica do sentimento!
E no entanto, é o meu único testamento...

2 comentários:

  1. Grande garoto..
    Muito boa a poesia!
    Principalmente essa parte:
    "Se elogios ao seu ouvido ela soprar,
    Mutile a vontade, faça-a rastejar."
    Abraço!!

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  2. Valeu, meu caro!
    Tá na hora vc publicar alguma coisa tbem hein?
    Abraço!!

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